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Mostrando postagens de maio, 2021

Eslavismo em Tolstoi 6

Sexta parte em Ana Karenina Alguns minutos decorreram ainda. Estavam agora completamente sós. O coração de Várienka batia precipitadamente. Sentia-se corar e empalidecer alternadamente. Deixar Madame Stahl [ver Eslavamismo em Tolstoi 2] para casar com um homem como Kósnichev, de quem se julgava quase certamente enamorada, afigurava-se-lhe o cúmulo da felicidade. E tudo ia decidir-se agora! Temia a declaração e ainda mais o silêncio.   "Agora ou nunca dizer", disse de si para consigo Sérgio Ivánovitch [Kósnichev], condoendo-se do olhar perturbado, da vermelhidão e dos olhos baixos de Várienka. Reconheceu mesmo que seria ofende-la continuar calado. E lembrou precipitadamente os argumentos que tivera a favor do casamento:   -- Que diferença há entre um cogumelo e um bolêto branco? Os lábios de Varienka tremiam ao responder:   -- A única diferença está no pé. Ambos sentiram que o passo fora dado: as palavras que os agitava aquietou-se pouco a pouco.   -- O pé do bolêto branco faz

Eslavismo em Tolstoi 5

 Quinta parte Ana Karênina de Tolstoi Cinco minutos depois, quando a princesa apareceu, encontrou-os completamente reconciliados. Kitty garantiu a Liêvin que gostava dele, até lhe explicou por que, respondendo à pergunta que ele lhe fizera. Disse-lhe  que era por compreende-lo plenamente, por saber do que ele gostava e porque tudo que ele gostava era bom. E está explicação pareceu muito clara a Liêvin. Quando a princesa entrou estavam sentados no baú examinando os vestidos e discutindo se devia ser oferecido a ninguém e que podia oferecer a Duniacha o vestido escuro que ela vestia quando Liêvin pedira em casamento. Liêvin insistia em que  aquele vestido não devia ser oferecido a ninguém e que podia oferecer a Duniacha um outro azul.   -- Mas tu não compreendes que a Duniacha é morena e esse vestido não lhe ficará bem? Já pensei em tudo.  Página ??? No grupo mais perto da noiva estavam as suas duas irmãs: Dolly , a  primogênita, e a serena e bela Natália, que chegara do estrangeiro.   -

Eslavismo em Tolstoi 4

Quarta parte de Ana Karenina  [...] Vronsky tinha boa presença, possuía a arte de comportar-se com respeito e dignidade e estava habituado a tratar com pessoas de estirpe. Mas aquela missão foi para ele aborrecidíssima. O príncipe não queria deixar de ver na Rússia, com interesse, nenhuma daquelas coisas a respeito das quais o poderiam interrogar de regresso à pátria. Além de que desejava aproveitar o mais possível todos os divertimentos russos. Vronski, tinha de o orientar nos dois aspectos. Pela manhã saiam a visitar a curiosidade e à noite tomavam parte nos divertimentos locais. O príncipe desfrutava de uma saúde extraordinária, incluso entre os príncipes. Graças à ginástica e muitos cuidados corporais, chegara a ter tanta força que, apesar dos excessos a que se entregava, parecia tão fresco que lembrava um grande pepino holandês muito brilhante. Farto de viajar, era de opinião que uma das vantagens da modernas comunicações típicas. Estivera em Espanha, onde fizera serenata s e conh

Eslavismo em Tolstoi 3

   Ouviram-se, depois uma voz de homem, em seguida uma voz de mulher e finalmente uma gargalhada, após o que as visitas esperadas surgiram: Safo Stoltz e um moço chamado Vaska, radiante e cheio de saúde. Via-se que estava bem alimentado a carne meio crua, trufas e vinho de Borgonha. Vaska cumprimentou as senhoras e mirou-as, mas apenas pelo espaço de um segundo. Imediatamente acompanhou Safo ao salão, onde ficou junto dela como que amarrado, fitando-a contìnuamente como se quisesse devora-la com os olhos brilhantes. Safo Stoltz era loira, de olhos pretos. Entrou com passinhos resolutos, nos seus sapatos de tacão alto, e apertou com força, como se fosse um homem, as mão das senhoras presentes.   Nunca antes se encontra Ana com esta nova celebridade e surpreendeu-se diante da sua beleza, do atrevimento dos seus modos e do exagero da sua maneira de vestir. Com os próprio cabelos e os postiços, suavemente dourados, Safo arranjara um penteado de tal sorte monumental que a cabeça se lhe podi

Eslavismo em Tolstoi 2

Ana Karenina (Segunda parte)  A princesa sentou-se diante do samovar e tirou as luvas. Lacaios práticos em deslocar cadeiras sem ninguém o notar ajudaram os convidados a sentar-se. Logo se formaram dois grupos: um em torno da dona da casa, o outro, no canto oposto do salão, em volta de uma formosa embaixatriz de bem desenhadas sobrancelhas pretas, toda de veludo preto. Nos primeiros momentos, como sempre acontece ao iniciar-se uma reunião, a conversa, interrompida pelos que iam chegando, pelas chávenas de chá que se ofereciam e pela troca de cumprimentos, permaneceu hesitante.    -- É uma atriz extraordinária. Ver-se logo que estudou Kaulbach -- afirmou um diplomata no grupo da embaixatriz. -- Notaram como ela caiu?...   -- Por amor de Deus, não falemos da Nilson, já está tudo dito a seu respeito -- exclamou uma gorda dama loura, muito corada, sem sobrancelhas nem postiços, que envergaba um vestido de seda velho. Era a Princesa Miágkaia, a quem chamavam l'enfant terrible (Criança e

Eslavismo em Tolstoi 1

 (Quero aqui expor um resumo ou o que eu resumi ou copiei de mais importante do livro Ana Karênina , que aos pouco anotei e queria abordar o assunto do Pan Eslavismo etc, se encontra abaixo alguma trecho que selecionei da "primeira parte"; depois eu vou posta as outras 7 parte, a obra contém 8 parte ao total em um livro só de 749 páginas etc.. [1877] Etc.)  Não estava certo ! È grosseiro e vulgar fazer a côrte à preceptora que educa os filhos. Mas que mulher !" recordou vivamente os astutos olhos pretos e sorriso de Mademoiselle Roland [...] ??   Todos gostavam de Stiepan Arcárdievitch, não só pelo seu alegre e bondoso e pela sua indiscutível probidade, mas também devido à sua arrogante e bela presença, aos seus cabelos e ao seus olhos brilhantes, às suas negras sobrancelhas, ao seus cabelos e ao seu rosto branco e ruborizável, coisas que produziam impressão agradável naqueles que o conheciam. ?? Vronski penetrou no compartimento. A mãe, uma velhinha mirrada de olhos neg